Lindas! Têm princípios, arte e amor. A dedicação e responsabilidade fazem parte de seus atos. São jovens que vislubram novos horizontes. Olham para além do real, buscam outras paragens. Têm no coração o amor; no pé, a dança e luta e na cabeça, o ideal de felicidade. Tão jovens e tão lutadoras!
O amor à Sabedoria(sagesse) ou Sophie é o compartilhar da vida pela crônica ou poesia. É o espaço para o café ou para a tenda, onde a arte flui, a partilha acontece. Cria-se e recria-se no diálogo filosófico de amizade. Além do momento estético, o da episteme (conhecimento).Acolhidas/os, vamos, também, comer e beber na fonte da Palavra, que se fez carne e habita entre nós.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
PESSOAS "CIRCULARES"
Há pessoas que são circulares, não por que andam em círculo, mas porque egóicas, circulam em torno de si mesmas. As circunstâncias de outrem são as suas, não por fazerem recíproca, mas quando a outra pessoa faz o que lhes apraz.
É uma relação comercial, de lucro? Na realidade, haver saldo positivo na relação é o mais importante para quem comercializa a mesma. As escolhas que a outra pessoa faz e, nesse caso, até a vocação, gera déficit, posto que é uma ameaça para a sua "circularidade".
Seria algo como: olhar na vocação de alguém as perdas "comerciais" que tal vocação causou para essa pessoa. Pior ainda é quando a questão vocação representa um sonho interrompido, o que desperta ainda mais a vontade de querer que a vocação de outrem fracasse, como a sua, que não foi levada a termo.
Quando uma pessoa que comungou e compartilhou de nossa vida nos expõe publicamente, não consegue mais do que mostrar sua falta de caráter e atrair, para si, a desconfiança das pessoas que a ouvem, porém não lhe dão crédito.
É uma relação comercial, de lucro? Na realidade, haver saldo positivo na relação é o mais importante para quem comercializa a mesma. As escolhas que a outra pessoa faz e, nesse caso, até a vocação, gera déficit, posto que é uma ameaça para a sua "circularidade".
Seria algo como: olhar na vocação de alguém as perdas "comerciais" que tal vocação causou para essa pessoa. Pior ainda é quando a questão vocação representa um sonho interrompido, o que desperta ainda mais a vontade de querer que a vocação de outrem fracasse, como a sua, que não foi levada a termo.
Quando uma pessoa que comungou e compartilhou de nossa vida nos expõe publicamente, não consegue mais do que mostrar sua falta de caráter e atrair, para si, a desconfiança das pessoas que a ouvem, porém não lhe dão crédito.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Quando Deus Chama
Ele não pergunta se tens coisas demais a deixar.
E ainda que, necessariamente, tenhas pessoas aportadas em teu cais,
Ele sabe que, se tu o seguires, mais seguras estarão ao teu lado.
Não mensura teus bens, tuas posses existenciais,
Simplesmente chama! Chama da maneira mais simples à mais comprometedora.
Talvez ainda não te deste conta das vezes que Ele simplesmente te disse: “vens comigo a minha casa!”.
Mas também, assim como o fez com a Samaritana, afirmou-te que tu ainda não havias saciado a tua sede e, à beira do poço, ofereceu-te a saciedade.
Que Sede e que poço? Sede do eterno, do pleno! Poço da cotidianidade, das circunstâncias que a ti confia.
E nas buscas de-ti-de-Deus, Ele te surpreendeu e te sorriu, dizendo-te: Encontrei-te!
Ele que primeiro te amou, que te deixou correr livre, tomou-te por inteira e te disse: Está na hora! Se estás buscando um caminho, vens! Se estás com sede, bebes!
E no Caminho que é Verdade e na Fonte que é Vida, Ele te seduziu!
Segura e confiante tu vais. Tudo podes, quando com Ele estás!
terça-feira, 8 de junho de 2010
QUANDO INSISTIMOS EM AMAR...
Quando insistimos em amar alguém que não nos ama, com a intensidade com que amamos. A expectativa de sentir que a pessoa se doe como nos doamos a ela é muito presente! Parece que quanto mais nos doamos, mais esperamos. É então que re-significamos o conceito de amor.
A máxima de que o amor é gratuito, de que se deve dar sem nada esperar é uma lógica, racional, teórica, que deve ser contextual. Quando se envolve emoções e sentimentos é espontâneo se viver na expectativa por recíproca, por troca de afeto, de manifestação. Ternura, atenção, gratidão e gratuidade são sempre bem vindos.
Amar com intensidade e se chegar à conclusão de que o outro se acostumou ou até mesmo se cansou de ser amado é uma realidade impactante que promove mudanças.
Tais mudanças são didáticas e ainda que promovam perdas e dores vêm acompanhadas de metamorfose. Metamorfosear-se, que sabedoria!
Por que manter-se preso à armadilha das emoções quando é salutar uma retirada? E apegar-se a argumentos infindos por não se ter força de fazer a passagem? Por vezes, acostumar-se a acolher as migalhas no relacionamento e ainda, ficar-se contente, pois quando não se está pronto, permanece a certeza de que o pior seria a ausência total.
Na verdade estar-se presos por um fio de esperança, pela espera da colheita do que já foi(ou não) um dia semeado, que cresceu(talvez) e até pode ter dado frutos, mas que agora, se tornou estéril.
A esterilidade na relação chega quando a recíproca, ou mesmo, o sentimento de bem-querer, deixam de estar presentes: se não amo, não me importa a dedicação do outro, e tampouco se tenho generosidade em correspondê-la.
Excesso de confiança ou de insistência podem favorecer erros de significados: da parte de quem está seguro, pensa-se que a pessoa estará sempre presente, e de quem habituou-se a doar-se, insiste-se em uma relação sem respostas porque não se pode imaginar sem ela.
Símbolos e laços se quebram. Relações se constroem e reconstroem. Nessa dinamicidade surgem conquistas e perdas. Lamenta-se ou passa-se a revalorar o que se foi, às vezes, muito tarde!
E para quem se permite mudar, o tempo, esse anestésico que cura e reconduz no caminho é um amigo fiel. Ao lado da sabedoria, percepciona que existem outras estradas, admite que a paciência é necessária e aos poucos, mas no momento certo, afirma que é tempo de partir.
Corporeidades e vivências afetivas como expressões sacro-humanas reinventam, recriam e fazem crer que amar é possível.
Conquanto, deve-se insistir que amar gratuitamente, no plano fraterno, é urgente! Mas amar reciprocamente é condição para amantes e amigos.
São Luís-MA, 28/08/09
A máxima de que o amor é gratuito, de que se deve dar sem nada esperar é uma lógica, racional, teórica, que deve ser contextual. Quando se envolve emoções e sentimentos é espontâneo se viver na expectativa por recíproca, por troca de afeto, de manifestação. Ternura, atenção, gratidão e gratuidade são sempre bem vindos.
Amar com intensidade e se chegar à conclusão de que o outro se acostumou ou até mesmo se cansou de ser amado é uma realidade impactante que promove mudanças.
Tais mudanças são didáticas e ainda que promovam perdas e dores vêm acompanhadas de metamorfose. Metamorfosear-se, que sabedoria!
Por que manter-se preso à armadilha das emoções quando é salutar uma retirada? E apegar-se a argumentos infindos por não se ter força de fazer a passagem? Por vezes, acostumar-se a acolher as migalhas no relacionamento e ainda, ficar-se contente, pois quando não se está pronto, permanece a certeza de que o pior seria a ausência total.
Na verdade estar-se presos por um fio de esperança, pela espera da colheita do que já foi(ou não) um dia semeado, que cresceu(talvez) e até pode ter dado frutos, mas que agora, se tornou estéril.
A esterilidade na relação chega quando a recíproca, ou mesmo, o sentimento de bem-querer, deixam de estar presentes: se não amo, não me importa a dedicação do outro, e tampouco se tenho generosidade em correspondê-la.
Excesso de confiança ou de insistência podem favorecer erros de significados: da parte de quem está seguro, pensa-se que a pessoa estará sempre presente, e de quem habituou-se a doar-se, insiste-se em uma relação sem respostas porque não se pode imaginar sem ela.
Símbolos e laços se quebram. Relações se constroem e reconstroem. Nessa dinamicidade surgem conquistas e perdas. Lamenta-se ou passa-se a revalorar o que se foi, às vezes, muito tarde!
E para quem se permite mudar, o tempo, esse anestésico que cura e reconduz no caminho é um amigo fiel. Ao lado da sabedoria, percepciona que existem outras estradas, admite que a paciência é necessária e aos poucos, mas no momento certo, afirma que é tempo de partir.
Corporeidades e vivências afetivas como expressões sacro-humanas reinventam, recriam e fazem crer que amar é possível.
Conquanto, deve-se insistir que amar gratuitamente, no plano fraterno, é urgente! Mas amar reciprocamente é condição para amantes e amigos.
São Luís-MA, 28/08/09
PRESENTES E EMBALAGENS
Certa vez alguém me falou que eu era um presente, um presente a ser desembalado. E eu me senti lisonjeada e feliz. Não tinha o alcance do que significaria esse processo de “desembalar”. Já havia lido mensagens sobre pessoas que são presentes e sobre diversidades de embalagens, bem como, dos conteúdos encontrados, uma vez abertas as embalagens.
A expressão desembalar um presente parece muito simples. Basta imaginar como nos portamos quando recebemos um presente. Há quem os abrem com muita expectativa e até rasgam o papel para que seja mais rápido, e quem o faz lentamente, com a preocupação de preservar o papel e observando os detalhes.
Talvez isso não tenha muito a ver com a realidade dos relacionamentos. Mas se quisermos estabelecer uma interface, poderíamos considerar que existem pessoas que abrem os “presentes” com tanta pressa a fim de conhecer logo o conteúdo e outras que o fazem devagar, apreciando cada detalhe e com cuidado para não “rasgar” a embalagem, pois consideram-na parte do presente.
Faz pouco tempo que recebi uma carta-resposta de uma pessoa que me é muito especial e que sabe apreciar o belo. Ela me dizia que “houve um tempo em sua vida que contraiu uma dívida com os envelopes e aprendeu a tratá-los com delicadeza e muito agradecida pelo que significam: eles nos trazem cartas e os rasgamos, destruímos, maltratamos como se não fossem nada.” Achei lindo alguém dar sentido ao envelope, colocando-o como conteúdo, pois afirmava que o envelope que recebeu, não trazia somente a “ minha carta, com seu escrito, vinha também com outras lembranças, que ela viu chegar, tudo bonito e bem chegado, bem recebido”.Com isso, significara o envelope também como presente.
A partir disso, ponho a questão: Presentes e embalagens têm a ver com relacionamentos? Por que uma pessoa afirmaria que a outra é um presente a ser desembalado?Devo admitir que ainda que tenha aprendido a desembalar um presente com cuidado, preservando a embalagem e a observando em seus detalhes, compreender o significado dessa frase, faz-me pensar na resistência da embalagem? Se bem pensarmos, a embalagem é, literalmente, passiva na ação. Trata-se de um objeto sofrendo a ação do sujeito que a está “descobrindo”, desembalando. A partir disso, discorremos sobre as relações intersubjetivas. Algumas pessoas se dão gratuitamente, sem reservas, outras, contudo, têm suas resistências, suas condições, seus recônditos. Não se dão a conhecer. É necessário cuidado e tempo para que se deixem "abrir".
Com base nisso, não podemos conceber o presente como objeto e em sua função de agradar. Que paradoxo? Afinal, um presente tem a função de agradar a pessoa presenteada! Ocorre que nas relações intersubjetivas a interação é sujeito-sujeito, a ação deve ser recíproca e compartilhada. Ambos se mostram, se revelam, cada qual a seu modo. Portanto, as diferenças na forma de se revelar e de apreciar o conteúdo revelado podem comprometer a beleza da relação. A pressa de quem se dá mais facilmente e que, por isso, tem tendência de exigir o mesmo de outrem, pode rasgar o “papel de presente”.
Ha que se considerar a possibilidade de que algumas pessoas se “embrulharam”. Sua embalagem é grossa, encorpada para se protegerem de “rasgões”. Talvez porque já se mostraram e não foram apreciadas ou porque se mostraram e o deslumbre por elas foi momentâneo, tendo sido tratadas como descartáveis. Talvez, nem sequer se sentiram apreciadas o suficiente para acreditarem que valia a pena continuar a se revelar, pois depois de terem mostrado o primeiro “amassado”, sentiram-se repulsadas. Há ainda as que acreditam que não serão aceitas, pois algumas experiências as fizeram crer que eram “feias” e suas embalagens se tornaram rígidas.
Com base a tantas razões que justificam resistências nos relacionamentos, tenho observado que a experiência de se sentir aceito/a como se é, sem julgamentos e, sobretudo, de se sentir amado, tem a força de mudar conceitos e atitudes. Isso me faz acreditar que o tempo é notadamente didático. Dar-se a conhecer, ser acolhido/a e acolher é exercício de compreensão e de confiança. Requer um olhar para além da aparência. Com isso, se um presente é capaz de atrair nossa atenção na “qualidade de presente” sua beleza deve nos tocar naquilo que ele tem de essencial. E nesse caso, o essencial esta para além da embalagem.
Portanto, há que se persistir em fazer o presente acreditar que não importa a embalagem e até mesmo o conteúdo. Se um presente é belo o suficiente para nos deslumbrar, “os arranjos” são somente conseqüências da beleza que nos toca.
São Luís, 31 de Julho de 2008.
A expressão desembalar um presente parece muito simples. Basta imaginar como nos portamos quando recebemos um presente. Há quem os abrem com muita expectativa e até rasgam o papel para que seja mais rápido, e quem o faz lentamente, com a preocupação de preservar o papel e observando os detalhes.
Talvez isso não tenha muito a ver com a realidade dos relacionamentos. Mas se quisermos estabelecer uma interface, poderíamos considerar que existem pessoas que abrem os “presentes” com tanta pressa a fim de conhecer logo o conteúdo e outras que o fazem devagar, apreciando cada detalhe e com cuidado para não “rasgar” a embalagem, pois consideram-na parte do presente.
Faz pouco tempo que recebi uma carta-resposta de uma pessoa que me é muito especial e que sabe apreciar o belo. Ela me dizia que “houve um tempo em sua vida que contraiu uma dívida com os envelopes e aprendeu a tratá-los com delicadeza e muito agradecida pelo que significam: eles nos trazem cartas e os rasgamos, destruímos, maltratamos como se não fossem nada.” Achei lindo alguém dar sentido ao envelope, colocando-o como conteúdo, pois afirmava que o envelope que recebeu, não trazia somente a “ minha carta, com seu escrito, vinha também com outras lembranças, que ela viu chegar, tudo bonito e bem chegado, bem recebido”.Com isso, significara o envelope também como presente.
A partir disso, ponho a questão: Presentes e embalagens têm a ver com relacionamentos? Por que uma pessoa afirmaria que a outra é um presente a ser desembalado?Devo admitir que ainda que tenha aprendido a desembalar um presente com cuidado, preservando a embalagem e a observando em seus detalhes, compreender o significado dessa frase, faz-me pensar na resistência da embalagem? Se bem pensarmos, a embalagem é, literalmente, passiva na ação. Trata-se de um objeto sofrendo a ação do sujeito que a está “descobrindo”, desembalando. A partir disso, discorremos sobre as relações intersubjetivas. Algumas pessoas se dão gratuitamente, sem reservas, outras, contudo, têm suas resistências, suas condições, seus recônditos. Não se dão a conhecer. É necessário cuidado e tempo para que se deixem "abrir".
Com base nisso, não podemos conceber o presente como objeto e em sua função de agradar. Que paradoxo? Afinal, um presente tem a função de agradar a pessoa presenteada! Ocorre que nas relações intersubjetivas a interação é sujeito-sujeito, a ação deve ser recíproca e compartilhada. Ambos se mostram, se revelam, cada qual a seu modo. Portanto, as diferenças na forma de se revelar e de apreciar o conteúdo revelado podem comprometer a beleza da relação. A pressa de quem se dá mais facilmente e que, por isso, tem tendência de exigir o mesmo de outrem, pode rasgar o “papel de presente”.
Ha que se considerar a possibilidade de que algumas pessoas se “embrulharam”. Sua embalagem é grossa, encorpada para se protegerem de “rasgões”. Talvez porque já se mostraram e não foram apreciadas ou porque se mostraram e o deslumbre por elas foi momentâneo, tendo sido tratadas como descartáveis. Talvez, nem sequer se sentiram apreciadas o suficiente para acreditarem que valia a pena continuar a se revelar, pois depois de terem mostrado o primeiro “amassado”, sentiram-se repulsadas. Há ainda as que acreditam que não serão aceitas, pois algumas experiências as fizeram crer que eram “feias” e suas embalagens se tornaram rígidas.
Com base a tantas razões que justificam resistências nos relacionamentos, tenho observado que a experiência de se sentir aceito/a como se é, sem julgamentos e, sobretudo, de se sentir amado, tem a força de mudar conceitos e atitudes. Isso me faz acreditar que o tempo é notadamente didático. Dar-se a conhecer, ser acolhido/a e acolher é exercício de compreensão e de confiança. Requer um olhar para além da aparência. Com isso, se um presente é capaz de atrair nossa atenção na “qualidade de presente” sua beleza deve nos tocar naquilo que ele tem de essencial. E nesse caso, o essencial esta para além da embalagem.
Portanto, há que se persistir em fazer o presente acreditar que não importa a embalagem e até mesmo o conteúdo. Se um presente é belo o suficiente para nos deslumbrar, “os arranjos” são somente conseqüências da beleza que nos toca.
São Luís, 31 de Julho de 2008.
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